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BREVE HISTÓRICO DA CONSTRUÇÃO DA RREMAS

GRUPO RESPONSÁVEL:
Comissão pela Caminhada Religiosa do Subúrbio de 8 de novembro de 2009 


Bàbálòrixá – Dari Mota– Ilê Axé Torrundê
Iyálòrixá – Edleuza de Jesus – Ilê Gedemerê- Centro de Giro Sto Antõnio de Pádua
Ogan  -  Valdo Lumumba – Ilê Axé Omi Ala – Filho
MeHuntó – Edvaldo Pena – Terreiro Gêge Dahomé
Bàbálòrixá – José Cordeiro – Ilê Axé Ode Tola
Ekede – Simone - Ilê Oyá Degi
Iyálòrixá – Lila Santos – Ilê Axé Yá Tomin
Bàbálòrixá Guilherme de Xangô – Ilê Axé Ogodogê

HISTÓRICO:

O movimento por esta Caminhada começa com ações e vontades isoladas, mas que aos poucos foram se encontrando em situações e oportunidades diferentes: O Bàbálòrixá Cordeiro sempre buscou realizar eventos que envolvessem a comunidade ao redor de sua Casa Religiosa (Feira de Saúde, cursos, etc); o Ogan Lumumba, praticante da religiosidade afro-brasileira desde criança; participante de Movimento Social, principalmente Movimento Negro, Fundador de Instituto Cultural Steve Biko, onde fez dedicação exclusiva durante sete anos; desde de 2005 envolvido com as questões do Subúrbio, atuando no FES (FÓRUM DE ENTIDADES DO SUBÚRBIO), tem buscado há algum tempo realizar um movimento que agregue e congregue o “Povo de Terreiro” e umbandistas em torno de ações em defesa de seus direitos e dos espaços e sítios sagrados, assim como realização de feiras de saúde e caminhada. Um outro nome muito importante de citar neste processo é o de Edvaldo Pena, carinhosamente chamado de "Beroso", Mehuntó do Terreiro Gêge Dohomé, muito respeitado e conhecido em boa parte dos Terreiros suburbanos; sua participação foi decisiva para reunir as vontades pela CAMINHADA e posteriormente para o processo de construção da RREMAS.

No ano de 2008, em virtude de um sério episódio, ocorrido com cerca de 15 pessoas, entre filhos e convidados, do Bàbálòrixá Dari, onde após saírem de uma festa religiosa foram verbal e fisicamente agredidos por pessoas que bebiam num bar, uma ou duas quadras depois do Terreiro; então,  foi realizada, pelos filhos da Casa, uma passeata em sinal de protesto por esse episódio.

Juntando todos esses fatores e imbuídos pela necessidade de engrossar o caldo no combate ao ódio e intolerância religiosos, movimento que se alarga no país inteiro _ haja vista a Segunda Caminhada Nacional Contra Intolerância Religiosa, que deu cerca de 80 mil pessoas,  em setembro de 2009  no Rio de Janeiro _é que uma das pessoas do “grupo responsável” acima citado, conclamou os demais para a realização neste mesmo ano de uma grande caminhada, envolvendo todas as Casas Religiosas de Matriz Africana do Subúrbio Ferroviário, Valéria e Águas Claras, para que seja a maior que esta região já tenha visto nos últimos anos. Vale ressaltar que, religiosos da área do Parque S. Bartolomeu, mas não só esses, também de outras partes da Cidade, a Exemplo de Macota Valdina Pinto e o Ogan Toninho, do Grupo SIOBÁ, Já organizaram ou e participaram de Caminhada no citado parque.

Logo, pela temática atual (combate a intolerância e ódio religiosos), assim como na dimensão que se deseja é a Primeira vez, embora seja a segunda na ordem cronológica, feita com essa temática, respeitando a iniciativa do ano passado que de certo modo foi restrita, embora divulgada, mas num espaço de tempo muito curto.

Ao longo do Subúrbio, Valéria e águas Claras, somam-se 339 Casas Religiosas de Matriz Africana, seguindo o mapeamento realizado pelo CEAO/UFBA/SEMUR, fora portanto, as Casas de Umbanda e os Terreiros Mais novos. Nossa orientação, na divulgação da Caminhada, foi de que cada Casa participasse com pelo menos 10 pessoas de sua relação, entre filhos, simpatizantes ou consulentes; então a estimativa era de que em torno de 3 mil pessoas fizessem a caminhada.

Foram realizadas reuniões de divulgação nos terreiros, ao longo do Subúrbio, onde um terreiro anfitrião recebia os demais de seu entorno; no total foram realizados 11 encontros (Paripe, S. Tome, Itacaranha, Faz. Coutos, Faz. Coutos I, Plataforma, Valeria, Águas Claras, Periperi, Boiadeiro, Paripe mais uma vez). Na oportunidade, exibiu-se um vídeo a respeito da Intolerância religiosa, movimento nacional, debteu-se sobre o assunto e sobre a nossa caminhada.

A Caminhada aconteceu 8 de novembro, a apartir das 7h30 da manhã, concentração, para os terreiros distantes, nas emediações do final de linha de Escola de Menor; mas saída, para os terreiros da Região de Paripe da Ilê Axé Torrundê (Bàbálòrixá Dari). O evento teve a cobertura da TV Bahia e contou com cerca de 500 pessoas

Após a caminhada, como encerramento das atividades daquele ano e perspectiva de continuedade, foi oferecido um café da manhã a todas as organizações e pessoas que contribuíram para o acontecimento. Todos os participantes, inclusive as lideranças religiosas, foram homenageados com um certificado de agradecimento. Este café se deu a 18 de dezembro de 2009, em S.Tomé de Paripe, no Ilê Axé Ogodogê, cuja liderança religiosa é do Bàbálòrixá Guilherme. 

Finalmente em 2010, pudemos, após o recesso das festas de final e início de ano de 2009, retomar os encontros, agora com a finalidade da construção da REDE RELIGIOSA DE MATRIZ AFRICANA DO SUBÚRBIO-RREMAS; contando com os apoios principais, como local de reunião e presença de suas lideranças: primeiro do Ilê Axé Ogodogê, já citado e, até esta data, com o Ilê Axé Ogodô Olonan, sob a Liderança de Iyá Bebete de Xangô em Itacaranha.

Informe-se, venha participar conosco.