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Enugbarijó Comunicações registrou com imagens de Vik, Adauto e Lysie e direção de Paulo Farias, performances e papo com Mãe Teté de Iansã, durante o projeto Orun em 1988.

Juliana da Silva Baraúna ou Mãe Teté de Iansã (Oya Tumkecy) nasceu em Salvador em 19 de junho de 1916 e veio a falecer em no Rio de Janeiro em 2 de março de 2006. Foi Iyakekerê da Casa Branca do Engenho Velho em Salvador e Iyalorixá em sua casa no Rio de Janeiro. Sua educação iorubana provém do lado materno. Dona Maria José da Silva, costureira de profissão, era "Abiã" da Casa Branca, sendo possuída pelo Orixá "Oni Dadá". Dona Maria Efigênia da Conceição, sua avó materna, era feita por africanos, isto é, iniciada por sacerdotes nativos de África e seu Orixá era "Oxá Oforu", um dos muito títulos de Oxalá. Ainda na sua linha avuncular e digna de menção registra-se Tia Santana, sua bisavó, cujo Orixá era Iansã, sob o nome de "Oyá Funkê".
É chegada a hora de dizermos um basta e contornarmos este problema. Com o voto consciente do povo de Axé devemos eleger pessoas de fato comprometidas com nossas causas, que falem nossa língua, entendam nossas dificuldades, compreendam nosso modo de ser e, mais importante, que estejam dispostas a serem verdadeiros guerreiros e guerreiras de nossas causas. Tradicionalmente, nunca foi fácil professar nossa fé no Brasil. Somos ofendidos, taxados de primitivos, cultuadores do mal, adoradores de coisas ruins, quando, na verdade, nossa concepção religiosa é tão bela, ampla e sofisticada que só mesmo passando por um longo processo de iniciação e aprendizado a pessoa terá condições de começar a compreender a dimensão sacra que têm as tradições de matrizes africanas. Atualmente, a intolerância religiosa tornou-se um dos maiores desafios à prática de nossa fé.